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19 de Abril de 2024
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    Assessoria de Comunicação da Defensoria participa de Oficina sobre violência sexual

    há 14 anos

    A equipe da Assessoria de Comunicação da Defensoria Pública, representada por Kim Figueiredo e pela estagiária Andressa Ferreira participaram de uma Oficina sobre Violência Sexual realizada, na manhã desta terça-feira (23/03), no prédio da Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças.

    Promovida pela Secretaria de Estado de Comunicação, a oficina foi direcionada para todos os jornalistas do Estado, e apresentou o Projeto “A mídia no enfrentamento da violência sexual de crianças e adolescentes”, destacando o papel que a mídia tem de transmitir informações para a sociedade e incentivando a reflexão sobre a responsabilidade dos veículos de comunicação junto ao público infanto-juvenil.

    O objetivo da oficina foi sensibilizar, orientar e qualificar as redes, os conselhos tutelares, os movimentos sociais, assessorias dos órgãos do governo e de todos os atores sociais no modo de tratar as crianças e adolescentes. “O nosso intuito é conversar com todos os três públicos principais: assessores de imprensa, jornalistas e atores sociais que podem fazer com que a população esteja bem informada sobre esse tema, cobrindo-o com mais qualidade e levando instrumentos para a discussão”, destacou a representante da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (ANDI), Sandra Damiani.

    A socióloga e professora do Instituto Aliança, da Bahia, Graça Gadelha explicou a importância da participação dos meios de comunicação, através de seus representantes. “A comunicação é um ator estratégico e fundamental na medida em que possibilitam a informação e também são influenciadores na formação da opinião pública, não trazendo apenas o factual, mas informando e apresentando elementos que contextualizem as informações para o entendimento da sociedade”.

    Graça Gadelha também parabenizou a atuação da Defensoria Pública e do Núcleo de Atendimento Especializado a Criança e Adolescente (NAECA): “O papel da Defensoria Pública é indiscutível em todos os aspectos, pois a Defensoria tem a preocupação de criar um núcleo que atende as crianças e os adolescentes, pois são poucos os estados que têm núcleos de atuação. Parabéns pela atuação da Defensoria Pública e do NAECA”.

    Um tema que gerou bastante polêmica durante a oficina foi a respeito do termo pedofilia, pois de acordo com os artigos 240 e 241 do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), alterados pela Lei 11.829, de 25.11.2008, a pedofilia não é crime. O que é tipificado como crime é a pornografia infanto-juvenil. “Sempre que for citar esse conceito durante a divulgação é para utilizar pornografia infanto-juvenil, pois nem todo abusador é pedófilo”, esclareceu Sandra Damiani.

    A pedofilia é uma doença patológica, uma anormalidade psicossexual de comportamento e precisa ser tratada. “Utilizar o termo pedófilo é caracterizar uma pessoa que não tem a doença, mas que é um abusador”, acrescenta Damiani.

    Durante a oficina, Sandra Damiani e Graça Gadelha enfatizaram o valor do trabalho das assessorias de comunicação na orientação dos jornalistas. “As assessorias de imprensa são fundamentais para fazer o debate sobre violência sexual de crianças e adolescentes, verificando e abordando o assunto constantemente; conceituando o que seria violência sexual; apresentndo dados e estatísticas; o que diz a lei, o que mudou, fazendo com que as pessoas conheçam essas mudanças; orientando os jornalistas no cuidado quanto ao uso da imagem e iniciais de nome de crianças e adolescentes que foram vítimas de violência sexual; buscando sair do factual; fornecendo aos jornalistas, fontes, número de dados e recursos gráficos e infográficos que enriqueçam a matéria; além de apontar soluções através de políticas públicas sociais”, destacou Sandra Damiani.

    “A tarefa básica dos assessores de comunicação é proteger as crianças e adolescentes como se fossem nossos filhos e todos nós somos literalmente responsáveis por uma geração e todos devem ficar atentos para o seu papel”, enfatizou Graça Gradelha.

    ANDI

    Criada em 2003, a Agência de Notícias dos Direitos da Infância é uma agência que tem o propósito de criar uma cultura que priorize a promoção e defesa de crianças e adolescentes. Em uma análise da cobertura, a Andi apontou qu, no ano de 2000, das matérias que abordavam sobre crianças e adolescentes que sofreram violência sexual, apenas 8% abordavam as causas dessa violência e 7% apontavam soluções para o problema. Já em 2006 essa porcentagem subiu para 22% e 23%, respectivamente.

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